Alvorada

20.4.06

Expandir os horizontes do Amor


Eu e Rita já namorávamos há pelo menos 2 anos. Ambos queríamos mais da nossa relação, alarga-la, no entanto com a dúvida de para aonde nos estávamos a dirigir.
Achei boa ideia comprar uma corda com 10 metros, após deixar o meu emprego, e dirigi-me a casa. Cheguei quando ela preparava o jantar e escondi o meu novo presente na sala.

Quando terminámos a nossa ceia e ela foi ver a novela para a sala, puxei a corda debaixo do sofá e sorrindo-lhe disse “È hoje!”. Ela riu-se mas ao mesmo tempo ficou algo nervosa. Comecei por desligar a televisão e depois despi-a toda.
Quando era bem mais novo e ainda andava nos escoteiros tive sempre facilidade a fazer todos os nós e já tinha visto algumas fotografias artísticas de homens e mulheres amarrados, por isso puxei pela memória e pela criatividade e comecei a dar voltas em redor dos seus seios com a corda. Depois nas costas dela fiz um nó com ambas as pontas, ainda com bastante comprimento para usar, e fiz um ângulo de 90º em direcção ao pescoço passando uma ponta por cada ombro e cruzando-as a frente do pescoço, passando entre os seios e desci até à base das pernas fazendo a cada ponta passar por debaixo de cada nádega. Com cada lado da corda puxei o respectivo lado junto ao umbigo desenhando como que um diamante aberto em cima junto ao pescoço e em baixo junto ao seu sexo. Terminei no nó que me tinha permitido fazer a alteração de sentido, dando o nó final e esticando a toda a corda para provocar tensão no seu corpo mas sem lhe provocar dor.

Mostrei-lhe o meu trabalho num espelho, ela adorou mas ambos parecíamos querer mais. Tinha uma corda mais pequena já há algum tempo em casa e facilmente lhe amarrei as mãos, com uma venda impedi-a de ver o que ia fazer a seguir. Sentia na sua pele ânsia e expectativa do que viria a seguir.
Fui rapidamente à cozinha e trouxe uma esponja, palha-de-aço, uma escova e um espanador de penas. Levemente acariciei a sua pela com as várias texturas que tinha arranjado, um pouco à sorte, tentando perceber as suas reacções evitando a dor (mas não o desagrado) e a indiferença. Senti ritmos inesperados de prazer e desconforto que ia desenhando nela pela sua pulsação e respiração… o contacto com a sua pele transmitia um prazer que se ia alargando à medida que a sua confiança em mim crescia.
Estranhamente ou talvez não, zonas do seu corpo que noutras ocasiões se tinham mostrado só em figura de corpo presente, como os braços, ganharam uma sensibilidade muito maior.
A sua consciência alterava-se e eu trabalhava as respostas que ia recebendo do seu corpo levando-a a sensações novas e desconhecidas enquanto ia sentindo um poder que nem sabia que tinha.

Quando as sensações dela pareceram começar a perder intensidade e me comecei a sentir cansado, retirei-lhe a venda e desamarrei-a, abraçamo-nos os dois e partilhamos o nosso amor. Sentíamo-nos mais cúmplices, mais próximos e ambos mais poderosos de maneiras diferentes que se completavam.
Claramente tínhamos feito crescer o Amor que ainda nos une!